O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve no passado sábado (21), na Ingombota, um técnico da Administração Geral Tributário (AGT) colocado na Repartição dos Grandes Contribuintes, por suposto envolvimento em crimes de acesso ilegítimo a sistema de informação e devassa através de sistema de informação, falsidade informática, associação criminosa e peculato.
Ao Portal de T.I, o SIC confirmou que se trata do 19.º indivíduo detido pelas autoridades como parte do mediático esquema que lesou o Estado em 7 mil milhões de kwanzas por meio de 1 500 operações fraudulentas.
As autoridades acreditam que o detido tem participação directa no esquema. Os crimes mencionados, segundo o SIC, traduzem-se em fortes sinais do envolvimento do técnico no processo fraudulento de pagamentos por compensação na AGT.
A detenção envolveu o Serviço de Investigação Criminal, através da sua Direcção Nacional de Combate aos Crimes Informáticos, e o Gabinete de cibercrime da PGR. O cidadão detido será presente ao Ministério Público para os trâmites legais, enquanto outras investigações prosseguem em torno deste processo.
Contexto
O Caso dos 7 mil milhões de kwanzas envolvendo a AGT começou a ganhar destaque no final de 2024, quando a Direcção dos Serviços Anti‑Fraude da própria AGT detectou inconformidades no sistema informático de reembolso do IVA e repassou um dossiê ao Serviço de Investigação Criminal (SIC).
A partir daí, as autoridades passaram a apurar as cerca de 1 500 operações fraudulentas, envolvendo um prejuízo estimado de mais de 7 mil milhões de kwanzas.
As primeiras detenções públicas ocorreram no final de Janeiro de 2025. Nesse período, foi detido o director do IVA da AGT, no âmbito do caso. Entre Fevereiro e Março de 2025, várias outras figuras foram detidas, incluindo técnicos, administradores e um não executivo afecto à Caixa de Previdência e Aposentação dos Trabalhadores Tributários – CPATT.
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